segunda-feira, 26 de março de 2012

Escrevendo com sangue e lendo com o espírito: Literatura engajada.

Dedicado ao Clube de Leitura da Livraria Travessa do Ouvidor pelo seu aniversário de 1 ano de existência. Muitas leituras e discussões profundas e calorosas foram realizadas nesse período de literatura engajada.

Parabéns ao grupo e aos participantes fiéis desde a gênese, pois eu ainda sou novo no pedaço.
É muito gratificante ler e aprender com os livros e estilos de diversos mestres que realizam a dança das palavras. Escritores e leitores mexem num dicionário para dar potência à algumas palavras em detrimento de outras e nessa jornada mágica das letras moventes, elaboramos um saber exotérico para dar conta da vida portadora de tragicidade caósmica. Escritores e leitores manipulam "procedimentos" literários que levam a linguagem a um limite, no entanto, limite nesse caso,não tem significação de fronteira, de limitação. Limite nesse contexto, significa grau de potência (Nietzsche e Espinosa) que leva a linguagem ao seu máximo de potência de intensidade. Ler e escrever com amor, significa atingir a enésima potência da linguagem para dar a linguagem um caráter trágico e racional. Isso implica em fazer a linguagem atingir o limiar da intensidade.
Nietzsche sintetiza todo o nosso tesão por alguns escritores sagrados, porém, humanos demasiado humanos:
"De tudo aquilo que se escreve, só me agrada o que alguém escreveu com seu sangue. Escreve com sangue e descobrirás que o sangue é espirito. F. Nietzsche. Assim Falava Zaratustra".
Com carinho e louvação aos colegas leitores, desbravadores e herdeiros da terra de todas as palavras lidas, proferidas e discutidas nesses 360 dias de espiritualidadeliterária.
Joevan Caitano (Joe)

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